TEATRO MUSICAL



"É o mais completo e exigente dos espectáculos. E o encanto faz-se de música, encenação, coreografia, luzes, figurinos e cenários. Com as cores certas, criativos, técnicos e elenco vão desenhando com pinceladas talentosas o que depois no palco se transforma num vivo e maravilhoso sopro de arte: o teatro musical!"
Elenco Produções



" Teatro Musical é a arte máxima da expressão corporal, isto porque a voz é corpo, o movimento é corpo, a acção é corpo. O grande objectivo é a transmissão de uma determinada mensagem  através do canto, da representação e da dança. Assim, o artista de Teatro musical  possui habilidades e conhecimentos nestas três áreas, e domina a comunicação, quer com o público e os outros artistas, quer com a música.
A direcção musical de um espectáculo como "Cinderela XXI" consiste na análise da obra e consequente articulação das diferentes áreas, a nível artístico e a nível técnico/produção.
A direcção musical deverá estar sempre relacionada com a produção musical, na adaptação do espectáculo às tecnologias e uso de diversas automações.
O director musical é responsável pelas alíneas anteriores, tal como deve garantir o índice de aproveitamento máximo da performance vocal/musical de cada intérprete."

Artur Guimarães




"Sempre tive um caderninho onde apontava palavras que gostava, sobretudo pela forma como soavam. Ainda hoje o faço. Palavras, frases, conjugações: se houver uma melodia dentro de uma palavra, uma ideia que valha a pena repetir, então já parou no meu caderno. Fui percebendo que a música gosta de andar de mãos dadas com as palavras e as palavras, mesmo com um som próprio, conseguem muitas formas de se unirem em canções. Foi isto mesmo que procurei fazer no Musical Cinderela XXI.
Primeiro definiu-se um conceito a partir de um conto original celebrizado pelos irmãos Grimm, no séc. XVIII. Estes escritores retratavam uma menina, a Cinderela, filha de um comerciante e que tinha uma madrasta malvada e duas irmãs que a obrigavam a fazer todos os trabalhos domésticos. Mas nós queríamos transportar essa história para os dias de hoje, torná-la actual, viva, ligá-la às crianças de agora. Por isso, a nossa Cinderela usa ténis, em vez de sapatinhos de cristal… Encontrada a linha condutora para a adaptação do conto original, passámos à construção das personagens. Cada personagem tem uma personalidade, como nós, tem uma história e, muitas vezes, um vocabulário que a caracteriza. O que diria a Cinderela se andasse na escola e fosse elogiada pelos professores mas pouco querida pelos colegas? E as amigas da Cinderela? Usariam esta ou aquela frase?
O passo seguinte, com as primeiras ideias já precisas, foi pensar e escrever as palavras que fizessem os diálogos e as canções do musical. Nos diálogos há que imaginar o que cada uma das personagens diria naquele momento da história e porquê. E nas canções continuamos a contar a história, só que com música! Aqui há um trabalho muito próximo com o compositor. Temos de fazer com que aqueles sons que ele escreveu combinem na perfeição com o que se quer dizer.

E este é só um resumo do que um guionista faz e como faz um musical. Mais do que escrever, rescrever é um ponto fundamental. Quando passamos do papel para o palco, percebemos que há palavras que não funcionam ou que falta acrescentar mais uns pozinhos aqui ou ali, mais uma ou outra vírgula. Assim, este é um processo que nunca está terminado. Até que a cortina suba e as luzes se acendam!"
Liliana Moreira



"O movimento está na simples respiração, na palavra, na música, na representação… E a dança, no Teatro Musical, é a continuação de cada personagem, dos passos que dá, dos sons que projecta, do figurino que veste, do que diz. É isto que engrandece este género: a combinação perfeita de artes, em que nenhuma prevalece sobre as outras e somente juntas fazem a magia do espectáculo."
Joana Quelhas